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Opinião – 3 de Maio, Dia da Liberdade de Imprensa e o reconhecimento ao prefeito Flavão de Divinópolis que tem respeitado esse direito basilar

Neste 3 de maio, quando o mundo celebra o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, é necessário refletirmos sobre o papel fundamental que a imprensa exerce em uma sociedade democrática, especialmente em contextos locais como o do Vale do Araguaia.

Nós do Portal Caiapó Notícias, reconhecemos que em Divinópolis do Tocantins vivemos um período de respeito institucional à atividade jornalística. O prefeito Flávio Rodrigues Silva (União Brasil), ao longo destes quatro anos e cinco meses de gestão, tem mantido uma postura republicana, sem qualquer tipo de interferência ou constrangimento ao trabalho da imprensa regional.

A relação entre o Executivo municipal e os veículos de comunicação tem sido pautada pelo diálogo, pelo respeito à crítica e pela valorização do papel da imprensa como instrumento de fiscalização e de ampliação da cidadania. 

É importante ressaltar que o prefeito Flávio Rodrigues não tem feito “mero favor” ao garantir esse ambiente harmonioso. Trata-se do cumprimento de um dever constitucional e de um princípio basilar do Estado Democrático de Direito: o respeito à liberdade de imprensa, conforme estabelece o artigo 220 da Constituição Federal. O documento que a sociedade está sob vigor e que os líderes políticos juraram cumprir.

Esse comportamento contrasta com um passado sombrio vivido por Divinópolis, em que antigos gestores chegaram ao extremo de ameaçar de morte profissionais da imprensa local, numa tentativa autoritária de silenciar vozes críticas e impedir a livre circulação da informação. 

O exemplo dado por Rodrigues mostra que esse tempo ficou para trás — hoje, vivemos um novo capítulo, em que a convivência entre poderes e a imprensa se dá de forma madura e respeitosa.

A classe política local, assim como a comunidade, tem demonstrado apreço pelos profissionais da comunicação, reconhecendo a importância do nosso trabalho para o fortalecimento da democracia, da transparência pública e da busca por soluções para os desafios sociais da região.

No cenário nacional, no entanto, ainda enfrentamos grandes desafios. Segundo o ranking 2024 da organização Repórteres Sem Fronteiras, o Brasil ocupa a 63ª posição mundial em liberdade de imprensa. 

A violência estrutural, o assédio virtual — muitas vezes orquestrado por bots —, a desinformação e o doxing (exposição indevida de dados pessoais) ainda são práticas recorrentes que ameaçam o jornalismo profissional.

Instituições como a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) vêm atuando ativamente na defesa dos profissionais da imprensa. Há mais de duas décadas, a Abraji promove iniciativas voltadas à liberdade de expressão, ao acesso à informação e à capacitação de jornalistas — hoje, são mais de 15 projetos em atividade.

Quando o jornalismo é silenciado, toda a sociedade perde o direito de saber.

É por isso que destacamos: se o Vale do Araguaia vive hoje um de seus melhores momentos institucionais, sociais e políticos, a imprensa tem parte essencial nesse processo. Ela divulga ações do poder público e do setor privado, denuncia injustiças, fiscaliza gastos e amplia a voz dos que mais precisam ser ouvidos.

O Brasil deve muito à imprensa. Um marco histórico dessa dívida foi a morte do jornalista Vladimir Herzog, assassinado nas dependências do DOI-CODI em São Paulo, em 25 de outubro de 1975, durante a ditadura militar. Sua morte, brutal e injustificável, gerou forte comoção e contribuiu para o início do processo de redemocratização do país.

Que este 3 de maio seja mais do que uma data simbólica. Que seja um momento de reafirmação do compromisso coletivo com a liberdade de imprensa como serviço público essencial, sobretudo em defesa dos mais vulneráveis.

Divinópolis do Tocantins 03 de maio de 2025

Edsom Gilmar - É Editor-chefe do Portal Caiapó Notícias e estudante de jornalismo da Faculdade Católica de Marília